sábado, 14 de agosto de 2010

A Vagina Não Tem Memória!




Calma não se afobem... Com esta pequena “provocação” quero dizer que a Vagina enquanto símbolo do feminino (ou pelo menos deveria ser) ao contrario do Falo símbolo do masculino, é desprovida de memória histórica. O fato é que toda a história oficial da humanidade é a história do Pênis, pendão simbólico da dominação de Marte sobre as filhas de Vênus, conquistas, proezas e sacrifício viril de inúmeros heróis, a mulher com raríssimas exceções aparece como frágil, vulgar e sujeito passivo, seu direito a memória foi tomado pela luta dicotômica entre dominador e dominado, Deus e o Diabo, o macho Alfa e sua surdez para com a companheira. Assim, o vencedor descreve os fatos, narra sua Odisséia máscula de forma linear, deixando subjacente como um caudaloso rio subterrâneo, os feitos e méritos da fêmea.

Então é preciso descer à caverna desse subterrâneo histórico para trazer à luz do conhecimento toda a história da Vagina, resgatar a dignidade e a força da mulher enquanto sujeito ativo da história humana e olha-lá não de cima para baixo, mas sim de lado, ombro a ombro, para quem sabe iniciar a construção de um novo sujeito social, que não entenda a questão de gênero como um jogo cruel de dominação e sim como a possibilidade de compartilhar de igual para igual as coisas boas da vida.

A única ressalva é na atividade sexual, neste campo o jogo/complexo de dominador e dominado é perfeitamente legal e aconselhável. Aqui as vozes dos sujeitos históricos se calam, e os sussurros dos amantes são a evolução de uma ética do prazer...

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