quinta-feira, 11 de agosto de 2011

O AMOR NÃO VIRÁ

O AMOR NÃO VIRÁ
Hoje me dei conta de que o amor não virá... O tenho esperado há tanto tempo que envelheci meu coração. Não o renovei nas paixões de ocasião, e guardei-me na crença do amor perfeito.
Agora, enclausurado em mim mesmo amargo esta constatação, a de que me neguei e esperei em vão...
Como pude ser tão tolo em acreditar no amor perfeito? Algo destinado somente a mim...
Como pude, nesta multidão de infelizes, sentir-me diferente, especial?
Sim! Só um louco como eu poderia se achar protagonista de uma história de amor como as dos filmes e folhetins... Só um louco poderia acreditar em Romeu e Julieta, Tristão e Isolda. Alex e Kate (A casa do Lago), Fiona e Sherek... Sim! O Ogro ficará só no final...

sábado, 28 de agosto de 2010

MEDEIA REVERSO



Imaginemos A seguinte cena:

Um jovem pai de 20 anos segura seu filho de pouco mais de um ano nos braços, o rapaz está inquieto e anda de um lado para o outro bufando como um animal. Agora vamos imaginar como está a criança nesta cena: Vejo-o sentindo-se seguro nos braços do pai, vejo-o como um menino saudável com bracinhos gordos, bochechas rosada, pele clara e olhos puxados de cor castanhos escuros, o pequeno é incapaz de imaginar ou compreender o que está por vir...

Agora vejo novamente aquele jovem pai com o pequenino filho nos braços, vejo-o assumir o semblante de uma fera monstruosa, que num ato repentino segura com uma das mãos o filho pela nuca e o atira violentamente no chão, batendo sua cabeça, não uma, mas várias vezes no contra o solo, até que o nosso pequeno já não se move mais, seus bracinhos e pernas jazem inertes em meio a uma poça densa de sangue, nosso menino não mais abrirá seus pequenos e apertados olhos de cor castanhos escuro, nosso pequeno está morto...

O que acabou de ser descrito realmente aconteceu. Num Lugar chamado Vertentes no Agreste de Pernambuco um jovem pai de 20 anos matou seu filhinho de um ano e três meses batendo várias vezes sua cabecinha no chão para se vingar de sua mulher, o motivo? Ciúmes!

Este ato abominável encontra paralelo na mitologia grega, mas em vez de um homem quem comete o crime é uma mulher, MEDEIA.



A história de Medeia começa depois de Jasão ter chegado à Cólquida, do Reino de Iolcos, para reivindicar o velocino de ouro para si. Como é frequente em muitos mitos, Eetes promete-lhe o velo, desde que o herói cumpra uma tarefa. Jasão teria de lavrar um campo com dois touros monstruosos e indomados, de cascos de bronze e que expeliam fogo pelas narinas, que lhe tinham sido oferecidos por Hefesto. Em seguida, teria de semear no campo lavrado os dentes de um dragão que fora morto por Cadmo em tempos passados. Segundo alguns relatos,Hera, como protectora de Jasão, terá nesta altura, convencido Eros, ou Afrodite a providenciarem que Medeia se apaixonasse por ele. Ela, conhecedora dos segredos de todas as artes ocultas, afeiçoada ao herói, conhece, contudo, quais as pretensões de seu pai. Medeia promete, então, ajudar o estrangeiro, conseguindo de Jasão a promessa de que se casaria com ela, e a levaria consigo no caminho de volta a Iolcos. Medeia oferece, então, ao argonauta, um unguento que deveria usar no corpo e no seu escudo, tornando-o invulnerável ao fogo e ao ferro durante um dia - o suficiente para enfrentar os touros e lavrar o campo.

Em Corinto, a felicidade de Medeia foi de pouca duração. Já com filhos de Jasão, foi alvo da intriga do rei Creonte que influenciou Jasão a deixá-la, de modo a casá-lo com a sua filha, Creúsa (ou Glauce). Tendo convencido Jasão, tratou de banir Medeia de Corinto. Esta, contudo, antes de abandonar a cidade, ainda conseguiu vingar-se, novamente aliando astúcia com magia. Fez chegar às mãos de Creúsa um vestido e jóias - um presente literalmente envenenado, já que cada acessório tinha sido embebido numa poção secreta. Assim que a sua rival se vestiu, sentiu o seu corpo invadido de um fogo misterioso que logo se espalhou para o seu pai, que a tentou socorrer, bem como para todo o palácio. Antes de fugir para Atena num acesso de loucura, mas num ato de fria e premeditada vingança em relação ao marido infiel Medeia mata os filhos.

A Medeia mitologica é um referêncial para estudos sobre a dor, o desejo de posseção do outro e a vigança no intuito de compartilhar com o suposto culpado a dor que se sente, mas “a nossa Medeia Reverso” ( o Pai assassino) não passa de um exercício de crueldade e absoluta monstruosidade de uma mente distorcida que ainda resiste num padrão de pensamento Falocrático e Machista ( resquicio de um Patriarcado totalizante) que ainda enxerga a mulher e os filhos como propriedade, coisas, bens particulares inalienaveis ao “macho”, usando-os (matando-os) para demonstrar em fim o seu direito à propriedade.


                                                                            Medeia

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

"IN VINO VERITAS"

“Vinho, meu filho” – escreveu o autor grego Alceu em um dos seus poemas que só nos chegou em fragmentos – ‘é também a verdade.” O povo romano abreviou a expressão para “in vino veritas” – No Vinho a Verdade. Todos conrcordam que o alcool deixa a lingua solta, e por vezes dizemos coisas que não diriamos sem o efeito do mesmo, até mesmo coisas desgradaveis das quais nos arrependemos ou nos envergonhamos depois, mas também existe essa coisa mágica no alcool, que é capas de desfazer nós e deixar o véu do desejo transparente, nos dando o clima perfeito para finalmente dar vasão aos apelos da paixão, do desejo do outro e por que não dizer, do amor que nos consome em silêncio.


O vinho além de ser uma bebida fina, tem aquela aurea gostosa de magia, perfuma os lábios e aguça o paladar, desperta a mente para uma hiper- sessibilidade momentânea, acompanhado a meia luz de velas (perfumadas é opcional) pode virar a armadilha perfeita, ou o momento sublime daqueles que buscam fugir do caos cotidiano e resgatar um pouco de paz na relação, e sempre amiga, sempre esteja preparada para o depois...

A quem ainda pense que um bom vinho tem que ser caro, devo dizer que não é “veritas”, você pode encontra pelo preço médio de R$ 8,00 a garrafa vinho ótimos como o Quinta do Morgado ou o Adega, nas minhas noites de “Baco”, a dois com minha esposa, regada a vinho, romance e muito amor, costumamos sorver duas garrafas desta delicia dos deuses, sempre tinto suave com um prato leve de saladas, peixe ou uma tábua de frios, mas não se precocupe com isso, não deve existir regras para tal, use a imaginação ou melhor ainda, seja instintiva e com certeza acertará.



Baco é o equivalente romano do deus grego Dioniso. É o deus do vinho, da ebriedade, dos excessos, especialmente sexuais, e da natureza. As festas em sua homenagem eram chamadas de bacanais - a percepção contemporânea de que tais eventos eram "bacanais" no sentido moderno do termo, ou seja, orgias, ainda é motivo de controvérsia.

Baco de Caravaggio

Mais sobre o deus Baco Link: http://pt.wikipedia.org/wiki/Baco

sábado, 21 de agosto de 2010

FRAGMENTOS DE UMA VIDA QUE NÃO VIVI...


DO DESEJO




A pretexto de discutirmos os meandros das interpretações poéticas convidei a “Bela Dama” para um passeio matinal em um lindo parque no centro da velha cidade, matreiro que sou e homem experimentado nas artimanhas do jogo da sedução, levei comigo um apetrecho fotográfico, uma daquelas máquinas modernas que capturam imagens, e enquanto singelamente passeávamos lado a lado a passos curtos por entre a orquídeas, eu planejava no silêncio dos meus olhos como trairia a confiança da respeitosa donzela e a faria cúmplice dos meus caprichos eróticos. Por fim, após passarmos Rumbolt por um crivo existencial fatalista, deparamo-nos com um formoso canteiro de gira-sóis, enormes gira-sóis que se inclinavam a procura dos últimos raios de sol daquele esplendoroso entardecer crepuscular;

- Vai ser aqui! – disse a mim mesmo – Vai ser aqui neste banco de concreto!

Convidei-a para sentarmos ali mesmo, naquele banco de jardim que ficava em frente ao canteiro de gira-sóis, mal sentamos e logo arrematei:

- Que lindo lugar, e se me permite a ousadia, acho que ele combina perfeitamente com vossa beleza!

A Dama sempre séria, que reagia com discrição aos meus bobos galanteios, logo fez rubra a face, e com seus olhos de Capitu mostrou-me seu consentimento.

De máquina à mão, tomei a distância de 2 metros e fiz três registros dela na mesma posição, sentada naquele banco de concreto, pedi delicadamente que se inclinasse um pouco para frente, de modo a expor seu busto, em seguida me aproximei e fiquei de joelhos a sua frente, perto do seu rosto o suficiente para sentir o frescor do seu hálito, fitei aqueles lindos e misteriosos olhos de ressaca, ela ficou séria e eu disse:

- A senhora tem uma beleza tão exótica, que não deveria ficar assim tão recatada diante do registro de suas imagens! – alternando o meu olhar entre seus olhos e lábios.

Da parte dela não houve de imediato uma reação verbal, fez-se silêncio em sua boca, e em seguida mordeu o lábio inferior como uma adolescente desconcertada que deseja provar do desconhecido, mas que atem pelo medo:

- Então o senhor deve guiar-me nesta sessão, faça de mim seu modelo e use- me como lhe for proveitoso! – falou a mulher que mais desejei em minha vida. E apesar da ansiedade que quase me explodira o coração, consegui ter controle o suficiente para que minhas mãos não ficassem trêmulas, demonstrei uma fingida segurança até mesmo quando com sua aprovação enfiei delicadamente minhas mãos por dentro de sua blusa de tecido fino para desatar-lhe o sutiã e libertar-lhes os seios, que me encheram os olhos ao vê-los por sua blusa de tecido fino e transparente, e me assombrou ainda mais por não resistir ao meu ato desvairado de aventurar-me por baixo de suas saias, deixando que minhas duas mãos corressem suas coxas até alcançar sua confortável calcinha de algodão, a qual fiz deslizar por suas largas e sedutoras ancas, sentindo toda a maciez e textura de sua fina pele de pêssego, delicada e quente, após deslizá-la por todo o seu roliço par de pernas, retirei-a com carinho e delicadeza, passando-a por seus pequenos e delicados pés, um depois do outro, a dobrei e guardei-a com respeito em meu bolso, levantei o rosto e vi que a Bela Dama sorria com o canto dos lábios, um sorriso maroto de menina levada, característico daquelas que cometem pequenos delitos da carne, a Dama havia se convertido em uma diabinha.

Levantei-me e sem dar-lhe as costas afastei-me dela a uns 4 metros, queria que desta vez o canteiro de gira-sóis que estava as suas costas fosse o fundo perfeito daquela sedutora e provocante imagem. Já nas primeiras imagens capturadas via-se perfeitamente que a recatada Dama havia desaparecido e agora por sua vez, a diabinha cedia o lugar a uma exuberante e exibida mulher, que sem o menor traço de pudor fez poses, caras e bocas, deixou por vezes parte do busto a amostra dando a perfeita idéia do quão firmes eram, levantou a saia acima dos joelhos para que a luz rósea da tarde os iluminasse, depois as levantou mais ainda, presenteando-me com a visão de suas coxas, que mais parecia dois montes a guardar um desfiladeiro cujo tesouro que escondia seria a glória para o mais exigente dos conquistadores.

A sessão continuo até o findar da luz do dia, foram 25 imagens que eternizavam a face mais obscura e bela daquela Dama da mais alta sociedade da Veneza dos Trópicos, após a captura da última imagem, aproximei-me dela e delicadamente lambi seu rosto, o ralo filete de suor que dele escorria, tinha um saboroso gosto agre-doce, então sussurrei em seu ouvido:

- Acabou querida!

Ela nada disse, levantou-se e voltou a aprisionar seus seios com o sutiã, depois me estendeu uma das mãos, entendi perfeitamente o gesto e devolvi-lhe a peça intima que estava em bolso, ela a vestiu ali mesmo, tão graciosamente que fiquei atônito ao descobrir que tal visão, a de uma mulher vestindo uma calcinha, poderia ter um forte simbolismo erótico, ao me perceber desconcertado ela sorriu, ofereceu-me o braço e saímos calmamente caminhando da mesma forma que chegamos.

Naquela noite, após deixar a Bela Dama em sua residência, sentei-me a frente da lareira e com uma taça de vinho tinto revi aquelas imagens na máquina, observei cada detalhe, as núncias da sua pele, seu sorriso maroto e malicioso, o jeito dos cabelos e até como a luz da tarde a deixara com uma face dourada, meu apetite voraz pelo exótico logo se transformou em uma profunda amargura, pois a Bela Dama pertencia de corpo e alma ao Conde de São José, a ele havia jurado e sacramentado seu amor, eu poderia ter-lhe o corpo, entretanto jamais a alma...

Triste sou eu, porca miséria é minha vida! Refestelo-me na imundice da carne e sigo com o coração vazio!

Como um caçador, planejo, atrai-o a vítima e sugo-lhe o suor do orgasmo...

Deleito-me em seus suspiros e tenho meu clímax no revirar dos seus olhos...

Amo-lhe a pele e as formas de sua carne... Apaixono-me no doce de sua saliva!

Mas sou um condenado e desconheço a comunhão do espírito, descobrindo por fim o vazio de minha existência...

Sim! Ao fogo com está máquina maldita que guarda a imagem do desejo...

Sim! Ao fogo com estas mãos que guardam o cheiro da tua intimidade...

Sim! Ao fogo o meu corpo amaldiçoado pelo desejo incontrolável de ti...

Sim... Ao fogo o meu ser que a de arder como mil sóis e acabar como cinzas jogadas em um canteiro de gira-sóis!

FIM.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O talento de uma linda amiga poetisa...



DESEJO

Ao te ver deitado, despido, calmo e sereno

Tive vontade de deitar ao teu lado.

Você logo percebeu que meus olhos te admiravam

E com um sorriso maroto, riso de garoto, vagarosamente

Abriu os olhos e ficou a me olhar.

Lentamente fui andando ao teu encontro, olhando fixamente nos teus olhos

Que estavam a me esperar. A cada segundo menos longe de mim

Tive vontade de jogar-me em você, me envolver em teus braços.

E como canção romântica, poesia de rimas e versos

Entreguei-me aos meus desejos refletidos em teus olhos

Fui deixando que teus braços amarassem meu corpo.

E ali entregue ao teu abraço, senti o calor dos teus lábios,

A essência do teu desejo, o carinho de tuas mãos.

E ao teu lado, deitada, ardendo de prazer, nossos corações

Entram no mesmo compasso.

Você me faz perder o medo, perder o pudor.

E suavemente, movimentos lentos e perfeitos, te levo à loucura

E me deixo levar por teu prazer.

E em fim banhada de beijos e sorrisos, prazer e carinho

Com certeza te pertenço.

Enche-me de vida e amor.

Faz-me sorrir e até chorar, me faz amar!

Autora: Janaína Melo

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

QUEIMARAM MAIS UMA BRUXA!


Uma jovem mulher de 23 anos faleceu após passar duas semanas internada no setor de queimados de um hospital em Recife. Edlene Maria teve 70% do corpo queimado pelo marido com quem vivia há três meses, ela não resistiu à gravidade dos ferimentos morrendo na madrugada de ontem de falecia múltipla dos órgãos, o ANIMAL que cometeu essa barbaridade, Gleber Gomes de 33 anos, responderá por crime triplamente qualificado: crime cometido por motivo fútil, com emprego de fogo e sem chance de defesa para a vítima, pois a mesma estava dormindo depois de ter sido espancada pelo monstro.


Mulheres queimadas ou mutiladas não são novidade no circo de horror da violência domestica, mas nem por isso deixa de provocar indignação e nos remete ao período da inquisição quando a Igreja Católica promoveu a caça as bruxas, torturando, mutilando e ateando fogo em centenas de mulheres sobe a acusação de bruxaria, mas nefasto ainda era o instrumento intelectual que se usava pra interrogar as suspeitas, o Malleus Malleficarum (O Martelo Das Malfeitoras em tradução literal). Um compêndio de pura idiotice que ajudava a dar cabo de muitas filha de Vênus, de Maria, de Deus... E mesmo agora de uma forma não institucionalizada, o horror da ignorância Falocrática ainda persegue e mata as mulheres


"QUE SE FAÇA JUSTIÇA!"

Sincero e Singelo...

“... Eu procuro o mais barato pra sobrar o dinheiro que eu preciso pra comprar muitas flores pra você...”
A Fila - Nando Reis.